Marcos Leão
Vereador mais votado em Cachoeiro de Itapemirim em 2020, José Carlos Corrêa Júnior (PL) declarou que está deixando a política para retomar os estudos para se formar padre.
Juninho Corrêa, como é mais conhecido, convocou a imprensa na tarde de hoje (14) para se pronunciar, na residência da família, no bairro Aeroporto.
Ao lado dos pais – o empresário José Carlos Corrêa Cardoso (Zezé da Cofril) e Sandra Costalonga -, disse que, durante 15 dias de retiro no mosteiro, “obteve a resposta de Deus, de que eu preciso voltar ao meu primeiro amor. Saio da vida pública, não serei candidato a prefeito, nem a vereador, nem a deputado”.
Juninho, há uma década, foi seminarista. “Jesus me chamou há uns dez anos e com dez anos de atraso fui responder”, revela ele, que decidiu, na época, largar o seminário para estudar História.
Com 24 anos de idade, Juninho afirma que a decisão não é motivada por “desilusão com as pessoas e o partido”.
É sabido que ele encontrara resistência dentro do PL para seguir com sua estratégia.
Presidente do partido no Espírito Santo, o senador Magno Malta quer que a sigla caminhe sozinha, ou com restritas companhias, nas eleições em Cachoeiro. Enquanto o vereador tentava ampliar o arco de alianças.
“Magno Malta tem nas mãos uma McLaren, mas se não tiver diálogo corre o risco de chegar nas eleições com o pneu careca. O PL precisa caminhar junto com conservadores de outros partidos, ter diálogo”, disse, aludindo à famosa marca de carros superesportivos britânica.
Embora garanta que seguirá o antigo sonho de tornar-se padre, Juninho Corrêa não vai renunciar ao mandato de vereador, apenas licenciar-se do cargo para que o suplente assuma. E, caso ele não siga o seu posicionamento, promete retomar a cadeira.
“Política é a melhor maneira de atuar de forma de caridade”, justifica Juninho, que acredita que nenhuma das pré-candidaturas a prefeito anunciadas mereça seu apoio, contudo.
fonte original do Jornal Fato