Com o crescimento exponencial do agronegócio no Brasil e à medida que a demanda nacional e global por alimentos aumenta e as pressões ambientais se intensificam, as soluções tecnológicas estão se tornando essenciais para impulsionar a eficiência, sustentabilidade e produtividade no setor.
Segundo dados do Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas), no período de 1985 a 2022, a área dedicada à agropecuária no país experimentou um aumento de 50%, abrangendo 282,5 milhões de hectares. Essa área equivale aos estados do Pará e Amazonas juntos.
Em busca de se tornar o principal ecossistema de inteligência digital e inventários de emissões de carbono para a agricultura tropical, a Salva – empresa especializada em inteligência e análise de dados ambientais e climáticos, que visa viabilizar o acesso dos produtores rurais à sustentabilidade e à descarbonização – aplica metodologias científicas e tecnologia em programação para extrair inteligência de dados e métricas ambientais que ajudam a direcionar a estratégia ambiental das empresas, cooperativas, agroindústria e agricultores.
Para produtores rurais que queiram reduzir as emissões, a empresa mostra onde é possível descarbonizar, seja por talhão ou operação agrícola. Já para aqueles que removem carbono da atmosfera em seus ciclos produtivos, há a entrega de relatórios e números para que possam acessar linhas de crédito diferenciadas e tentar agregar valor na venda de seus produtos.
Abaixo, Mariana Caetano, CEO da climate tech, destaca 6 tendências tecnológicas que devem movimentar o setor agrícola neste ano. Essas tendências refletem a constante evolução do setor agrícola em direção a práticas mais sustentáveis, tecnologicamente avançadas e resilientes.
1 – Resultados mais rápidos, simples e diretos: tecnologias que deixem a operação mais eficiente como a telemetria e que façam as entregas das soluções de maneiras mais consolidadas e rápidas de serem interpretadas pelo produtor;
2 – Tecnologia na agricultura de baixo carbono: a tecnologia ajuda principalmente a entregar dados confiáveis em relação às práticas agrícolas adotadas, trazendo maior confiança à cadeia produtiva e aos consumidores de alimentos. O ganho de eficiência promovido pela telemetria, combustíveis renováveis e uso de insumos biológicos, também ajudam a reduzir emissões, assim como a incorporação de práticas de baixo carbono como a cobertura vegetal, sistemas de plantio direto e recuperação de nascentes e áreas de preservação permanente;
3 – Aplicação da Inteligência Artificial: a IA deve melhorar as ferramentas por trazer como resultados, a combinação de inúmeras outras variáveis que os deixam mais assertivos;
4 – Agricultura de precisão: contribui para o uso mais eficiente de insumos e combustíveis, além da redução de perdas na produtividade graças a apontamentos mais ágeis e localizados de pragas e doenças;
5 – Inovações em agricultura regenerativa: a expansão do uso de insumos biológicos já tem ajudado e vai ajudar a ampliar as práticas regenerativas, a saúde do solo e o aumento da biodiversidade, o que ajuda muito a mitigar os efeitos das intempéries climáticas. A mecanização para a implantação em escala dos sistemas conservacionistas ainda é um desafio;
6 – Biotecnologia e genética: devem vir à tona, à medida que mais agricultores buscam novas fontes de insumos e variedades que sejam mais resilientes às altas temperaturas e estiagem.
Fonte: NR7 Full Cycle Agency
fonte original do Montanhas Capixabas