Foto: divulgação/Unimed Sul Capixaba
A bronquiolite é uma infecção do trato respiratório inferior que afeta principalmente bebês menores de dois anos, causando dificuldades respiratórias. Essa condição, geralmente causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), pode iniciar com sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, mas pode evoluir para um quadro mais grave, exigindo internação hospitalar.
Segundo a médica Maura Moulin Rodrigues, pediatra neonatologista e intensivista pediátrica da Unimed Sul Capixaba, os primeiros sinais incluem coriza, tosse podendo ter ou não, febre baixa. À medida que a doença avança, a criança pode apresentar tosse frequente, dificuldade para respirar e para mamar, sendo muitas vezes necessária a internação hospitalar.
“O tratamento da bronquiolite é principalmente de suporte. É fundamental observar a criança, oferecer líquidos, higienizar as narinas com soro fisiológico e garantir a amamentação. Se a criança apresentar piora, como dificuldade para respirar ou se alimentar, deve ser levada imediatamente ao pediatra para avaliação”, destaca a pediatra.
Ela reforça que a bronquiolite é contagiosa e para a prevenção é necessário evitar o contato com pessoas resfriadas, higienizar frequentemente as mãos, manter a casa arejada e limitar visitas a recém-nascidos. “Se alguém da família estiver gripado não deve visitar o bebê, é importante usar máscara ao amamentar caso a mãe esteja com quadro gripal”.
Em casos graves, a bronquiolite pode evoluir para bronquiolite obliterante, uma complicação que exige acompanhamento por um pneumologista. Além disso, crianças com doenças pré-existentes, como cardiopatias congênitas ou fibrose cística, prematuros têm maior risco de desenvolver formas graves da doença. Para prevenção existem dois medicamentos aprovados pela Anvisa: um anticorpo monoclonal administrado durante o período sazonal da bronquiolite, e outro aplicado na mãe no último mês de gestação. Ambos visam proteger os bebês de infecções severas.
“A melhor forma de fortalecer o sistema imunológico dos bebês é manter uma alimentação rica e adequada, garantir que as vacinas estejam em dia, e proporcionar um sono de qualidade, evitando o uso de telas. Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade é uma medida eficaz para a saúde respiratória dos bebês”, finaliza Maura.
Fonte: Unimed Sul Capixaba
fonte original do Jornal Fato