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Iate Clube de Marataízes, um pouco da história

Foto: Divulgação

Comecei a frequentar o Iate Clube na década de 1960. As festas mais populares eram as do Carnaval, que duravam quatro noites, as matinês e a noite do Havaí, uma semana antes. Havia outras festas muito populares, como Garota Verão e Garoto Pão. Além dos shows de grandes artistas nacionais. E os torneios esportivos que levavam multidões para a quadra.

O Carnaval traz muitas e boas lembranças. O Clube lotava de gente de todo o Espírito Santo, Rio, Minas e outros estados. Era a festa de Carnaval mais famosa do Estado! Todos fantasiados por conta do concurso de fantasias individuais, duplas e blocos, além da escolha mais aguardada, que era a da Rainha e do Rei do Carnaval, ambos selecionados entre os foliões mais animados. A orquestra de Zé Nogueira segurava a música e a animação era total, e na madrugada de terça feira a banda acompanhava os foliões até a praia Central para o banho de mar, onde o Carnaval se encerrava. Vale ressaltar que no quesito concurso de fantasias o grande vitorioso sempre foi o Jimy’s cabeleireiro, que apresentava fantasias deslumbrantes.

Muitas histórias de amor foram embaladas pelos carnavais do Iate Clube. A minha história de amor foi uma delas e muitos casais se conheceram e começaram o romance nos bailes do Iate. Também a minha história de vida foi de muito amor com o Iate Clube.  A mesma que ele representou para muitas gerações que frequentavam o verão em Marataízes. Lá nós nos divertimos por anos seguidos e levamos os nossos filhos para curtirem os bailes infantis.

Sentia tristeza todas as vezes que passava pelo Iate Clube e via o estado em que se encontrava. Até pensei em organizar lá um baile de Carnaval, mas depois que visitei o local vi que era impossível, devido ao estado de depredação que se encontrava. Daí até a demolição foram anos assistindo a decadência do prédio que tanto amávamos.  Vários fatores contribuíram para que isso acontecesse: a ascensão do Carnaval baiano com seus trios elétricos que deslumbravam aos jovens – a orquestra de Zé Nogueira não conseguia disputar com tanto barulho e apelo; além da gratuidade do Carnaval de rua. A história não tem retorno, aquele Iate Clube lotado de gente, com filas enormes de pessoas tentando adentrar nos bailes, tudo isso fala de um passado e não volta mais. Por mais que se façam festas de Carnaval, nenhuma se compara a alegria e glamour das do Iate Clube de Marataízes. Com ele morreu uma parte memorável da história da Pérola Capixaba!

MARILENE DEPES

fonte original do Jornal Fato

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