Marcos Leão
Um dos cartões-postais do município de Vargem Alta, a centenária estrutura do colégio Salesiano, na localidade de Boa Esperança, foi transformada pelo Governo do Espírito Santo (que a desapropriou ao custo de R$ 3,4 milhões, em 2013) em Centro Estadual de Educação Técnica (CEET).
As aulas, enfim, começaram na última quinta-feira (01) para a primeira turma, do curso de Cooperativismo Digital, com 30 alunos.
O CEET leva o nome de Giuseppe Altoé, doador do terreno para que a Congregação Salesiana, da Igreja Católica, construísse uma escola de padres na década de 1920.
O governador Renato Casagrande inaugurou a unidade na manhã de hoje (06). E comemorou, junto com a comunidade, o resgate do patrimônio histórico e Cultural de Vargem Alta, “símbolo da região”, que ficou por muitos anos desativado.
Casagrande anunciou investimento total de mais de R$ 20 milhões para a conclusão da reforma do centenário prédio. O projeto está pronto e contempla o segundo e o terceiro andar, estacionamento central e paisagismo, além de cozinha industrial, refeitório e laboratório para o curso técnico de Agroecologia.
Em março começam as aulas de quatro cursos de extensão da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) e dos cursos profissionalizantes do projeto Qualificar ES, segundo o diretor do CEET “Giuseppe Altoé”, Fábio Scaramussa.
Ainda haverá, informa o diretor, projeção da Universidade Aberta Capixaba (UnAC), que tem cursos de especialização, extensão e graduação.
Quando estiver tudo pronto, o CEET de Vargem Alta deve atender cerca de 300 alunos apenas nos cursos técnicos e de qualificação profissional.
O empreendimento é um antigo pleito da população local, para que o rico legado educacional do icônico Salesiano fosse preservado.
Comitiva
Participaram da solenidade nesta terça-feira em Boa Esperança, entre outras autoridades, o prefeito de Vargem Alta, Eliezer Rebelo; os deputados estaduais Bruno Resende, Tyago Hoffmann, Vandinho Leite; o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Cachoeiro de Itapemirim, Dietrich Kaschner; o comandante da PM na região sul capixaba, coronel Fabrício Martins; além do vereador e ex-prefeito de Vargem Alta João Bosco Dias, um dos principais incentivadores da reutilização da histórica estrutura para a educação.
Representando a Igreja Católica estava o bispo de Cachoeiro, dom Luiz Fernando Lisboa, e ninguém menos do que o ex-diretor do colégio Salesiano dom Décio Sossai Zandonade, bispo emérito de Colatina.
Não faltaram também muitos componentes da atuante associação de ex-alunos, que acompanha de perto o projeto. E ainda membros da família do benfeitor Giuseppe Altoé.
Castelo
Antes, no início da manhã, Renato Casagrande ainda inaugurou, em Castelo, o Centro Estadual de Educação Técnica (CEET) Emílio Nemer.
O local está prestes a celebrar 65 anos como instituição educacional. Em 1978, o governo estadual assumiu a gestão da unidade, que passou a ser denominada Escola de 2º Grau Emílio Nemer, momento em que se iniciaram os cursos profissionalizantes, como o de Técnico em Contabilidade e o Curso Normal.
No início dos anos 2000, a unidade transformou-se em escola de Ensino Médio. Já no final de 2021, o Centro Estadual de Educação Técnica seria oficialmente estabelecido, reintroduzindo a oferta dos cursos técnicos para a população de Castelo, resgatando as origens da instituição.
“Quando foi criado, a Emílio Nemer era uma escola de formação técnica e agora voltamos com a sua essência”, discursou o governador.
O CEET de Castelo oferece Contabilidade e Internet das Coisas e também vai ter cursos do Qualificar ES.
“Os centros técnicos têm um papel fundamental na democratização do acesso à educação e ao conhecimento. Ao disponibilizar cursos e treinamentos em diversas áreas, esses espaços permitem que moradores das regiões obtenham formação profissional e desenvolvam habilidades técnicas essenciais para o mundo do trabalho”, declara a subsecretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Solange Batista.
fonte original do Jornal Fato