Líder em diversidade e inovação, a cafeicultura capixaba impulsiona a economia estadual com o avanço da sustentabilidade e da tecnologia. Nesta segunda-feira (18), o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), assinou o aporte de recursos para pesquisa e desenvolvimento sustentável da cafeicultura capixaba com investimentos de R$ 8,5 milhões. Esse é o maior volume de recursos da história do Espírito Santo, e também um dos mais relevantes do País, destinados a essa finalidade.
A assinatura da contratação dos projetos de pesquisa e extensão foi realizada no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença do governador Renato Casagrande. Os projetos serão contratados no âmbito do Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento e à Inovação Agropecuária (Inovagro), estabelecido por meio de resolução de parceria entre a Seag e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
“Queremos que vocês possam produzir bastante café, mas com qualidade e sustentabilidade. Somos o Estado que mais faz investimentos, proporcionalmente, em inovação e pesquisa. Temos um programa de Estado e não de Governo. Vai chegar um outro governante e terá condições de tocar o programa. Temos um Estado organizado e para manter assim, temos que continuar focados e investindo em programas que possam dar suporte aos nossos produtores e gerando oportunidades aos capixabas”, pontuou o governador.
O Inovagro tem como objetivo principal subsidiar o desenvolvimento, a socialização, a implementação, a avaliação e o monitoramento das políticas públicas estratégicas do estado do Espírito Santo no âmbito da agricultura. O intuito é gerar soluções tecnológicas e sociais que impulsionem a inovação e o desenvolvimento sustentável da cafeicultura capixaba, de acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
“Para o desenvolvimento econômico e social de um Estado, é imprescindível o avanço em ciência, tecnologia, inovação e sustentabilidade. O café traz muitos benefícios e é fonte de renda e de estabilidade social para os capixabas. Hoje, o Governo do Estado realiza um importante investimento em pesquisas e socialização do conhecimento e conduz a nossa cafeicultura para este novo ciclo, dando ainda mais suporte para o desenvolvimento sustentável dessa cultura que é a força econômica da agricultura capixaba”, ressaltou Bergoli.
“A solenidade de hoje celebra um conjunto de ações em parceria que teve início em 2023 com o Programa Inovagro. O programa foi bem-sucedido e gerou resultados positivos que, agora, com o novo aporte de recursos, possibilitará avanços e desenvolvimentos adicionais em um conjunto de 11 projetos que serão contratados no 1º ciclo. A execução desses projetos, que desta vez terá foco na cafeicultura capixaba, irá beneficiar ainda mais a agricultura do Espírito Santo”, ressaltou o diretor-geral da Fapes, Rodrigo Varejão.
Os projetos que serão executados abrangem a implantação do currículo de sustentabilidade em mais de oito mil propriedades rurais, o protagonismo das mulheres na cafeicultura, a identificação do agente causador do cancro dos ramos do cafeeiro e tecnologias de enfrentamento a essa doença nova que tem atingido áreas de cultivo e a incidência e o monitoramento de mosca-das-frutas em cultivos consorciados de café com mamão. Além disso, haverá o projeto de monitoramento e avaliação de políticas públicas e dos resultados de outros 90 projetos contratados entre 2020 e 2022.
“Quando se trata de café, os olhos do mundo estão voltados ao Espírito Santo, conforme pude comprovar durante participação recente em evento nos Estados Unidos com representantes internacionais do setor. O que está sendo feito aqui hoje agrega valor ambiental, social e econômico, e coloca o Estado em posição de destaque em todo mundo”, afirmou o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Cândido Ferreira.
SUSTENTABILIDADE DA CAFEICULTURA CAPIXABA
1) EXTENSÃO
Cinco projetos
R$ 5,45 milhões
Principais metas:
– 8.070 propriedades com currículo de sustentabilidade implantado;
– 92 unidades de referência em sustentabilidade;
– 99 unidades demonstrativas (irrigação e manejo, microterraceamento, cultivares, pós-colheita);
– 239 dias de campo, dias especiais ou cursos;
– 68 missões técnicas ou participação em feiras.
2) PESQUISA
Cinco projetos
R$ 1,45 milhão
Cancro dos ramos:
– Etiologia;
– Epidemiologia;
– Marcadores moleculares de clones;
– Seleção Massal.
Mosca-das-frutas:
Coffea canephora como hospedeiro.
3) MULHERES
Um projeto
R$ 838 mil
Principais metas:
– 1.000 cafeicultoras atendidas;
– 130 cursos, treinamentos e oficinas;
– 10 excursões técnicas;
– Realização do primeiro concurso estadual de cafés de mulheres;
– Unidade móvel de treinamento.
4) MONITORAMENTO
Um projeto
R$ 851 mil
Principais metas:
– 90 Projetos (2020-2022)
– 11 Projetos novos (2023 ->)
– Dashboard
– Mapeamento de UDs e URs
– Monitoramento e Avaliação de políticas públicas.
Fonte e fotos: SEAG
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