Nos primeiros cinco meses de 2024, o agronegócio do Espírito Santo exportou mais de US$ 1,5 bilhão (ou R$ 8,3 bilhões), o maior valor já registrado para o período. Esse valor representa um crescimento de 83% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 848,6 milhões). Enquanto isso, no Brasil, as exportações diminuíram 0,35%. Foram exportadas mais de 1,3 milhão de toneladas de produtos, um aumento de 12% em volume.
Os maiores aumentos no valor das exportações foram de: café cru em grãos (+214%), álcool etílico (+140%), carne bovina (+132%), mamão (+36%), celulose (+32%), café solúvel (+20%), chocolates e derivados de cacau (+19%), gengibre (+17%) e pimenta-do-reino (+11%).
Quanto ao volume exportado, os maiores crescimentos foram de: café cru em grãos (+210%), carne bovina (+162%), álcool etílico (+142%), mamão (+37%), café solúvel (+12%), chocolates e derivados de cacau (+10%) e gengibre (+7%).
Os três principais produtos das exportações do agronegócio do Espírito Santo – café, celulose e pimenta-do-reino – representaram 95,2% do valor total vendido de janeiro a junho de 2024.
No acumulado do ano, nossos produtos foram enviados para 115 países. Os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial, com 25% do valor exportado. A participação do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo no trimestre foi de 29,7%. “Esses dados mostram nossa competitividade no cenário internacional, graças ao trabalho e resiliência dos produtores e das agroindústrias do Espírito Santo, que conseguem alcançar mercados em todos os continentes com produtos de qualidade e sustentáveis”, disse Enio Bergoli.
De janeiro a junho deste ano, dez produtos se destacaram em geração de divisas. O café liderou com US$ 863,6 milhões (55,6%), seguido por celulose com US$ 532,9 milhões (34,28%), pimenta-do-reino com US$ 84,2 milhões (5,4%), carne bovina com US$ 14,2 milhões (0,91%), mamão com US$ 13,2 milhões (0,85%), chocolates e preparados com cacau com US$ 9,8 milhões (0,63%), gengibre com US$ 8,4 milhões (0,54%), álcool etílico com US$ 6,3 milhões (0,4%), carne de frango com US$ 3,1 milhões (0,2%) e pescados com US$ 2,9 milhões (0,19%).
Desde o ano passado, o café é o principal produto das exportações do agronegócio capixaba, impulsionado pelo café conilon, que mais que triplicou o volume exportado no último ano. Nos primeiros seis meses deste ano, foram exportadas cerca de 3,8 milhões de sacas de café conilon, sendo 3,5 milhões de café em grãos e 296,5 mil equivalentes em solúvel. Além disso, outras 258,5 mil sacas de café arábica foram comercializadas, totalizando quatro milhões de sacas no primeiro semestre.
No primeiro semestre, o Espírito Santo foi o maior exportador brasileiro de pimenta-do-reino, gengibre e mamão, com 59%, 62% e 42% do total nacional, respectivamente. Além disso, superou São Paulo na venda de café cru, solúvel e torrado/moído, ficando em segundo lugar no ranking nacional de exportações de café e derivados.
Nota sobre os Dados
A Secretaria da Agricultura (Seag), através da Gerência de Dados e Análises (GDN/SEAG), faz mensalmente um levantamento das exportações do agronegócio capixaba, usando dados do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.
Ao analisar os dados, foi notada uma inconsistência nas exportações de fevereiro e março de 2024, especificamente do produto “Açúcar de cana” (NCM 17011400). Os valores de exportação registrados foram US$ 10,2 milhões em fevereiro e US$ 11,1 milhões em março, com volumes de 19,8 e 21,6 toneladas, respectivamente. Esses números são muito diferentes das médias históricas.
Consultas com as indústrias sucroalcooleiras e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços sugerem que esses dados podem estar errados devido a erros no lançamento de notas fiscais ou ações de empresas de trading. Por isso, esses dados foram desconsiderados nas análises. A Seag está trabalhando para corrigir a inconsistência com as entidades responsáveis.
Fonte: Seag
fonte original do Montanhas Capixabas