O réu confesso Alexandre Nunes, acusado pelo crime de assassinato da vendedora Roseli Valiati de Farias, vai a júri popular após dois anos e cinco meses.
O julgamento pelo Tribunal do Júri está marcado para o dia 26 deste mês de março, às 9h, no Fórum Desembargador Horta Araújo, em Cachoeiro de Itapemirim.
Roseli Valiati Farias, a Rose ou Lila, como era carinhosamente chamada teve um fim trágico nas mãos do homem com quem se envolveu e que era desconhecido da família.
Gleydson Valiati, irmão de Roseli, informou que vai comparecer ao julgamento e que espera a pena máxima, de 30 anos, para o acusado.
“A família continua abalada porque foi uma perda muito grande, nunca mais fomos os mesmos depois da morte da minha irmã. A nossa expectativa é que o Alexandre receba a maior pena possível, que ele fique por muito tempo na cadeia. Além dele ser réu confesso, temos muitas provas contra ele como mancha de sangue na casa, na caminhonete, a bala que foi encontrada atrás do sofá, então acho muito difícil ele ser inocentado”, afirma o Gleydson.
Segundo ele, a família não quer que o filho de Roseli esteja presente na audiência. “Porque vai ser mostrado como ela foi encontrada, em estado de decomposição, e não queremos que ele fique com essa imagem da mãe dele na cabeça. Meu pai e meu irmão não querem participar.”
A irmã Greicine também vai comparecer no dia 26. “Difícil falar como nós estamos, nossa família foi destruída e mesmo passando 2 anos e 5 meses essa dor será eterna. Esperamos que a justiça seja feita, que ele possa pegar a pena máxima”, disse ela.
O crime
A vendedora Roseli Valiati, de Cachoeiro de Itapemirim foi morta após descobrir que o homem com quem estava se relacionando usou um nome falso e omitiu que era casado. A informação foi dada pela família e confirmada pela polícia, na ocasião.
Segundo informações da delegacia de Polícia Civil de Cachoeiro, uma possibilidade é que ela teria tentado terminar o relacionamento após descobrir as mentiras e, diante disso, o suspeito cometeu o crime.
Roseli foi assassinada com um tiro na cabeça, no sofá da casa de Alexandre Nunes no dia 17 de outubro de 2021. Seu corpo só foi encontrado três dias depois, enterrado em uma cova rasa na divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo.
Foi o próprio Alexandre que levou a Polícia até o local, depois que as investigações o apontaram como principal suspeito.
fonte original do Dia a Dia ES