Celulose tem várias destinações, como alimentação, vestuário, medicina (remédios) e construção civil | Foto: Arquivo/ AT
Segundo produto mais importante das exportações do agronegócio do Estado em 2023, a celulose capixaba chega a 18 países, tendo os Estados Unidos, a Turquia e a China como os principais destinos.
O volume das exportações do produto cresceu 6% do ano passado em comparação a 2022.
Além disso, as exportações da celulose do Estado somaram US$ 775,5 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões na cotação atual), aumento de 12,4% em comparação a 2022. Já o preço médio das divisas aumentou em 6%.
O secretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli, diz que China e EUA representam cerca de 80% das exportações do Espírito Santo deste produto.
“Temos a fábrica da Suzano em Aracruz. Os principais produtores de madeira – que é utilizada não só para fazer a celulose, mas para outros produtos também –, são Aracruz, São Mateus e Conceição da Barra”, afirma.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Faes), Júlio Rocha, explica que a celulose capixaba é principalmente utilizada para a produção de papel, mas que também é utilizada para outros produtos. “Muito usada também na construção civil”.
Principal componente da parede celular das plantas, a celulose é extraída principalmente do lenho das árvores de eucalipto e pinus. É a mais abundante de todos os compostos orgânicos que ocorrem atualmente: corresponde a 33% de toda a matéria vegetal presente na natureza. Para se ter uma ideia, 90% do algodão e 50% da madeira são de celulose.
Além do papel, essa fibra vegatal está presente em uma série de outros materiais e até mesmo em alimentos. Hambúrgueres, sorvetes, queijo ralado e até embutidos tem a celulose em sua composição.
Derivados de celulose também são utilizados para fabricar hidrogéis e formulações odontológicas, também sendo usado em revestimentos de comprimidos e cápsulas de medicamentos, na fabricação de curativos inteligentes e peles artificiais na medicina.
Na construção civil, a celulose também é utilizada para a confecção de painéis utilizados para divisórias de ambiente, conhecidos como drywall.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, descobriram que a celulose pode deixar o concreto ainda mais resistente.
De acordo com a pesquisa, nanocristais de celulose ajudam a hidratar o concreto depois de misturado, o que evita que ele fique com poros e defeitos que prejudicam a resistência e a durabilidade. Os cientistas demonstraram que, com as partículas, a resistência à tração do concreto aumenta em 30%.
fonte original da Tribuna Online