O deputado estadual Wellington Callegari e os vereadores Júnio Corrêa e Léo Camargo
A nota oficial do vereador José Carlos Corrêa Cardoso Júnior, presidente do PL em Cachoeiro, publicada na última quinta-feira (8), pegou de surpresa os filiados, inclusive os mais influentes. Diante da iminente saída do parlamentar do partido, após tornar pública divergência com o senador Magno Malta, que comanda a sigla no Estado, a agremiação analisa o cenário em busca de nome alternativo para disputar a Prefeitura de Cachoeiro.
Apontado como opção, o deputado estadual Wellington Callegari é taxativo ao declinar da possibilidade. Mantém a mesma veemência ao garantir que o PL terá, sim, candidato a prefeito no município.
Opção natural, o vereador Leonardo Camargo tem outros planos. “O partido sabe qual é o meu objetivo, e esse objetivo não seria ser candidato a prefeito no momento e sim lutar para ser vereador mais votado da história de Cachoeiro”, explica.
Ele, no entanto, deixa uma brecha: poderia até ser candidato a prefeito, caso o partido opte por ele, mas apenas se Juninho Corrêa não for.
A verdade é que a nota do presidente municipal do PL causou transtornos para a sigla. Nem Callegari, nem Léo Camargo foram consultados ou sequer comunicados de que Corrêa a publicaria. E a rota de colisão entre o pré-candidato a prefeito e o senador Magno Malta inviabiliza sua permanência no PL.
Segundo Callegari, Magno Malta tem a total confiança de Jair Bolsonaro no Espírito Santo, é a principal liderança do partido e quem é filiado deve estar alinhado ao presidente estadual do PL. Desde a nota de Juninho, o deputado estadual e o senador têm conversado sobre a situação do partido em Cachoeiro, e só depois de consultá-lo Callegari, enfim, se posicionou nas redes sociais.
E o fez de maneira elogiosa em relação a sua amizade com o vereador, a quem incentivou entrar na política, mas firme ao garantir que o plano do partido continua o mesmo em Cachoeiro: disputar a Prefeitura e manter forte a chapa de candidatos a vereador, com ou sem Juninho Corrêa.
Este, por sua vez, aponta – na nota – que divergências internas quanto à condução das articulações e dificuldades de diálogo com Malta levaram-no a reavaliar seu futuro político, discutindo possíveis caminhos com líderes locais. O que foi entendido como clara sinalização de que estaria prestes a deixar o partido. Ele tem sido cortejado pelo PP.
No post de Callegari sobre o caso, Magno Malta se manifestou de maneira lacônica. “Tem (Callegari) o crédito do seu partido e do povo de Cachoeiro. Lealdade é tudo”, publicou.
fonte original do Jornal Fato